Ao longo das últimas décadas, é possível observar um crescente aumento no fluxo de pessoas entre países, gerado tanto pela busca de melhorias na qualidade de vida quanto pelo encurtamento das distâncias possibilitado pelo avanço tecnológico. Nesse contexto, a emergência de um ramo chamado ‘Mercado da Saudade’ é visível. Por definição, o termo faz referência ao conjunto de pessoas que residem fora de seu país de origem e que buscam comprar produtos ligados à sua cultura natal, sejam eles alimentos ou lugares que remetam a ambientes familiares.
Esse tipo de mercado permite não somente o aumento do fluxo de exportação de produtos nacionais, mas como também a possibilidade de vendas por um valor acima de um preço considerado normal no mercado nacional. Tal fator se dá pelo fato de que os compradores estão dispostos a pagar esse valor, devido à dificuldade de obtê-los, possibilitando a abertura de negócios lucrativos, caso bem arquitetados.
O papel do Brasil nesse setor tem se tornado cada vez maior. Isso se deve ao crescente número de nacionais residentes em outros países, que querem diminuir a saudade de casa e consumir as iguarias produzidas exclusivamente no Brasil. De acordo com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos), em 2016 a exportação de especiarias brasileiras - como pão de queijo, cachaça ou açaí - para os Estados Unidos, nosso principal parceiro neste setor, cresceu 77%. Tais produtos são importados principalmente por empresas especializadas no comércio de produtos exóticos e gourmet, como comunidades brasileiras que se encontram no exterior.
Vale ressaltar que é importante se ater às especificidades do mercado, ou seja, cada país possui regras determinadas para cada tipo de setor, e muitas vezes o setor alimentício passa por maiores variações a depender da região. Portanto, saber qual a documentação exigida no país em questão é fundamental para que a burocracia não gere dificuldades ou até impedimentos para a exportação do seu produto.
Ademais, um dos diversos aspectos positivos que a internacionalização da produção prevê está na menor exposição aos riscos enfrentados internamente (especialmente aos que dizem respeito às oscilações de demanda interna). O mercado da saudade é exemplo disto: a diversificação da demanda é tamanha que além da procura por parte dos próprios brasileiros, as comidas típicas da nossa terrinha vêm agradando o paladar estrangeiro e se inserindo na culinária internacional também. Produtos como café e feijão brasileiros recebem destaque nesse sentido. Confira abaixo alguns dos produtos alimentícios do mercado brasileiro que fazem sucesso lá fora:
Pão de queijo - Esta iguaria consolidou sua projeção internacional na última década. Segundo dados do MDIC (Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) as exportações de misturas e pastas para preparados de padaria, pastelaria e indústria de biscoitos - que incluem o pão de queijo - somaram US$ 4,212 milhões de janeiro a julho de 2018, alta de 47% em comparação com mesmo período de 2017. O transporte é feito em contêineres e os Estados Unidos são o principal destino.
Pamonha - Típica do nordeste, a pamonha é majoritariamente consumida no Brasil em meados do ano (época junina). A exportação desse produto, apesar de relativamente recente, tem se mostrado bastante promissora. O transporte é feito através de contêineres refrigerados e os principais destinos são Canadá, Estados Unidos, Portugal, Suíça, Bélgica, Irlanda, Inglaterra e Japão.
Doce de leite - Doce normalmente de origem mineira, o Doce de leite tem sido uma iguaria lucrativa fora do Brasil chegando a acumular 239 mil dólares em vendas no ano de 2014. A simplicidade e qualidade do produto, além de seu sabor único, tem cada vez mais garantido o aumento da exportação de produtos lácteos brasileiros, sendo seus destinos principais os Estados Unidos e Portugal, ambos com grandes números de emigrantes brasileiros.
Açaí - Apesar de ser oriundo do norte do Brasil, o açaí tem reivindicado seu espaço na alimentação do brasileiros em cada vez mais lugares, incluindo no exterior. Reconhecido pelo seu valor nutricional e energético, o açaí também possui a caraterística de ser um alimento versátil, possibilitando o consumo como um doce ou como acompanhamento de uma refeição salgada. Todos esses fatores colaboram para o sucesso do alimento fora das fronteiras nacionais, principalmente entre brasileiros saudosos que, apesar de ser um produto relativamente caro, fazem questão de incluir em sua alimentação, contribuindo para a receita anual de aproximadamente 40 milhões de reais.
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