Chocolates Brasileiros: Um mercado autêntico que vem crescendo no exterior

Com a época da páscoa, é natural que haja um crescimento na busca e no consumo de chocolates ao redor do mundo. Ofertados em diferentes formas e sabores, esse cenário se reflete de maneira positiva nesse mercado, tornando-se propícia a exportação desses produtos para mercados externos, haja vista o aumento da demanda pelo doce. Nesse sentido, a conjuntura climática no Brasil – quente e úmida –, por favorecer o plantio do cacau em solos brasileiros, contribui também para o desenvolvimento da indústria chocolateira nacional, posicionando o país como destaque em exportação diante dos consumidores internacionais.

Diante disso, a partir de raízes históricas, o cultivo do cacau, além de facilitar o domínio desse mercado pelos produtores de chocolate nacionais, tem permitido a geração de cerca de 23 mil empregos diretos nessa indústria, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Esse mercado em potencial é evidenciado por meio da participação brasileira em premiações, a exemplo da Academy of Chocolate, sediada em Londres, que comprova a qualidade e excelência do produto fabricado no Brasil.

Tendo em vista as inúmeras preferências em meio ao mercado consumidor global, explorar outros mercados não tem sido um plano restrito a grandes empresas produtoras de chocolate. Pequenos fabricantes têm se destacado cada vez mais devido à autenticidade de seu produto, à medida que aproveitam a riqueza natural que o país oferece para tornar seus chocolates ainda mais saborosos e cativantes.

Nesse viés, o que diferencia o chocolate brasileiro dos demais não se trata somente da sua composição única, visto o uso de ingredientes naturais típicos do país – como é o caso do cupuaçu e do bacuri. A utilização de técnicas específicas no processo de produção desde o plantio do cacau, que dispensam o uso de agroquímicos, também torna o produto mais atrativo, uma vez que sua qualidade é elevada. Assim, poucos países são responsáveis por toda a cadeia produtiva de chocolates como ocorre no caso do Brasil, o que resulta no barateamento dos custos de produção nacional e transforma a exportação numa opção ainda mais lucrativa, já que chocolates finos são produtos de alto valor agregado.

À medida que o Brasil se especializa na produção desses chocolates, o crescimento do mercado chocolateiro no país é inevitável. Dessa forma, no ano de 2024, os principais destinos desses produtos, referentes à categoria de “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau”, foram Argentina (21%), Chile (9%), Uruguai (8,9%), Paraguai (8,8%), Arábia Saudita (7,6%) e Estados Unidos (6,4%). Isso representou um valor total de US$175 milhões em exportações brasileiras neste ano.

Sendo assim, no caso dos produtores nacionais de chocolate, percebe-se um alto potencial na busca por novos mercados, uma vez que esse planejamento pode auxiliar mais ainda no crescimento do seu negócio. Com o clima favorável ao cultivo do cacau e o desenvolvimento de técnicas capazes de elevar a qualidade do seu produto, a exportação pode ainda ampliar o alcance desse, visto que muitos ingredientes encontrados na flora brasileira são exclusivos a ela. Portanto, além de qualidade, é possível oferecer singularidade de sabor a esses novos consumidores, os quais não teriam acesso a chocolates semelhantes, se não por meio do mercado brasileiro.

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Fontes: Logcomex; Ivezoon Logistics; DC Logistics Brasil.

Redação: Nicole Vidal, consultora de Marketing.