Por: Darlon Gomes
Com a abertura de embaixadas em ambos os países no ano de 1974, foram iniciadas as relações diplomáticas entre Brasil e China. Essa relação foi marcada por um pragmatismo que resultou em acordos bilaterais e multilaterais com intuito de garantir um vasto desenvolvimento social e econômico para as duas potências emergentes.
Essa parceria culminou com a China elevando-se ao posto de principal parceiro comercial do Brasil em 2009, permanecendo até os dias atuais. Resultando em um comércio que passou de US$ 3,2 bilhões em 2001 para US$ 98 bilhões em 2019. Além disso, a China e o Brasil têm dialogado em organismos multilaterais, como o BRICS, G20 e OMC.
As exportações brasileiras para a China deram um salto nos últimos dois anos, saindo de US$ 67,7 bilhões em 2020 para US$ 87,9 bilhões em 2021, permanecendo no mesmo patamar no ano de 2022. As importações também acompanharam esse crescimento, passando de US$ 34,7 bilhões em 2020 para US$ 60,7 bilhões em 2022. A balança comercial Brasil-China é superavitária para o Brasil, alcançando um superávit histórico de US$ 40,2 bilhões em 2021, mostrando capacidade da nossa economia mesmo em tempos pandêmicos.
No segundo semestre de 2022 foi celebrado um acordo entre Brasil e China que promoveu, segundo a Forbes, a maior abertura de produtos brasileiros para a China na última década. Entre as novidades, está a de que a China não mais mandará técnicos próprios para averiguar as unidades de produção, autorizando os servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a realizarem vistorias, facilitando os trâmites legais para a exportação de produtos agrícolas.
A pauta de exportação brasileira para a China é bem diversa, mas tem como principais produtos:
Soja (US$ 31,7 bilhões);
Minério de Ferro (US$ 18,1 bilhões);
Óleo bruto de petróleo (US$ 16,5 bilhões);
Carne bovina (US$ 7,9 bilhões);
Pasta química de madeira (US$ 2,9 bilhões).
No entanto, existem também mercados menores que estão conseguindo um espaço cada vez maior no mercado chinês. Um exemplo disso é o açaí, somente as exportações do fruto saídos do Pará tiveram um aumento de US$ 45.144 em 2017 para US$ 190.697 em 2018, representando um aumento de 322%.
Já as importações feitas da China para o Brasil tem como principais produtos:
Células fotovoltaicas (US$ 3,5 bilhões);
Painéis Solares (US$ 1,4 bilhão);
Sulfato de amônia (US$ 1,3 bilhão);
Herbicidas (US$ 1,1 bilhão);
Partes de aparelhos telefônicos (US$ 1 bilhão);
A pauta de importação é menos concentrada em alguns produtos, mostrando que a parceria estratégica com a China, por meio do que o Brasil importa, está ligado a diversas áreas, mas principalmente produtos de alto valor agregado.
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Fontes: Forbes; Gov.br; Comex Stat; G1
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