por: Ruan Soares
A laranja brasileira é reconhecida por sua excelência em qualidade, caracterizada por um baixo teor de acidez, o que a torna especialmente adequada para a produção de suco. Graças à sua extensa produção em larga escala e à eficiência dos processos a baixo custo, o Brasil emergiu como o principal produtor mundial de suco de laranja, respondendo por aproximadamente 60% da produção global, conforme dados do Ministério da Agricultura. Cerca de 80% da safra nacional de laranja é direcionada à indústria de bebidas, destinada à fabricação de suco.
O Brasil lidera o mercado como o principal produtor e exportador de suco dessa fruta, representando mais de 80% das exportações globais. O país consolidou sua posição dominante no mercado, especialmente à luz dos desafios enfrentados pelos Estados Unidos durante a temporada.
Os Estados Unidos, como o segundo maior exportador mundial de suco de laranja, enfrentaram dificuldades novamente devido a condições climáticas adversas e à propagação da doença conhecida como greening. Como resultado, as exportações americanas diminuíram, enquanto as importações do produto brasileiro aumentaram. As exportações para os EUA totalizaram 328,1 mil toneladas, um aumento de 55,3% em comparação com 2021/22, gerando uma receita de US$ 691,5 milhões, um aumento de 79,7%.
No encerramento da safra 2022/23, o Brasil exportou 1,029 milhão de toneladas de suco de laranja, registrando um aumento de 9% em relação à safra anterior. Isso resultou em uma receita de US$ 2,038 bilhões, representando um aumento de 28% em comparação com a temporada 2021/22, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC). Os principais importadores são os Estados Unidos e a Europa, responsáveis por 98% das exportações.
Em 2023, o Brasil exportou suco de laranja para 100 países, conforme levantamento da plataforma Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat). Embora a União Europeia tenha permanecido como o principal destino das exportações brasileiras em 2022/23, houve uma queda de 16,2% no volume e estabilidade na receita (US$ 1,1 bilhão). A China emergiu como o terceiro destino mais importante, com vendas estáveis de 81,3 mil toneladas e um aumento de 154,7% na receita, alcançando US$ 242 milhões.
O diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, avalia que existem oportunidades para a expansão das exportações de suco de laranja em novos mercados. Um exemplo claro é a Coreia do Sul, que, em tempos anteriores, chegou a importar mais de 30 mil toneladas do produto brasileiro, porém, atualmente, suas compras têm sido insignificantes. Mas competir pelo mercado sul-coreano se torna praticamente inviável devido à tarifa de 54% que o Brasil paga para acessá-lo, enquanto a União Europeia desfruta de tarifas zero.
As projeções ainda indicam o crescimento das exportações totais de suco de laranja durante os próximos 10 anos. Além disso, o brasileiro vem mudando seus hábitos e passou a consumir sucos saudáveis prontos. O suco integral, 100% laranja, vem ampliando sua participação no mercado interno.
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fontes: infomoney; agro2; ipardes.gov; globorural
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