Comex News Setembro

Comex News Setembro

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Setembro pode ser considerado positivo com relação ao comércio exterior brasileiro, trazendo boas oportunidades que vão desde as empresas já atuantes quanto às que desejam iniciar operações, embora alguns cuidados ainda são necessários. As principais notícias sobre  o comex deste mês são:

Balança Comercial Brasileira até a 4ª semana de setembro de 2025 finaliza com US$ 255,21 bilhões 

Até a 4ª semana de setembro de 2025, a balança comercial brasileira registrou exportações acumuladas de US$ 255,21 bilhões e importações de US$ 210,23 bilhões, resultando em saldo positivo de US$ 44,97 bilhões e corrente de comércio de US$ 465,44 bilhões. Na quarta semana do mês, o comércio apresentou déficit de US$ 0,157 bilhão, com exportações de US$ 7,7 bilhões e importações de US$ 7,9 bilhões, enquanto no mês de setembro as exportações somaram US$ 27,6 bilhões e as importações US$ 25,5 bilhões, gerando saldo positivo de US$ 2,16 bilhões e corrente de comércio de US$ 53 bilhões. Entre os setores exportadores, a Agropecuária e a Indústria Extrativa cresceram 9,2% e 6,4%, respectivamente, enquanto a Indústria de Transformação caiu 2,6%. Já nas importações, a Indústria de Transformação teve alta de 17,8%, enquanto Agropecuária e Indústria Extrativa recuaram 2,7% e 25,7%, respectivamente.

Os dados mostram que, mesmo com desafios setoriais, a balança comercial brasileira mantém saldo positivo significativo, refletindo a resiliência das exportações e a diversificação do comércio exterior do país.

Exporta Mais Amazônia promove produtos da floresta em negócios internacionais

De 28 de setembro a 2 de outubro, Rio Branco (AC) recebe a 3ª edição do Exporta Mais Amazônia, programa da ApexBrasil em parceria com o Sebrae que conecta empresas da região Norte a compradores internacionais. Mais de 60 empresas apresentarão produtos sustentáveis da Amazônia, como açaí, castanha-do-brasil, café, artesanato, carne suína e farinha de mandioca, beneficiando famílias locais e promovendo preservação ambiental.

O evento contará com rodadas de negócios nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, além do seminário Diálogos Exporta Mais Amazônia 2025, reunindo especialistas para discutir oportunidades e desafios do comércio internacional. Empresas como a Fruit Life e a Seiva Amazon Design participam para ampliar exportações e fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, mostrando ao mundo que é possível gerar negócios compatíveis com a floresta.

Japão autoriza exportação de produtos à base de gordura do Brasil; carne bovina ainda aguarda liberação

O governo brasileiro anunciou que concluiu a negociação sanitária com o Japão para exportar produtos à base de gordura de aves, suínos e bovinos, utilizados principalmente na fabricação de ração animal e pet food. A medida amplia a presença do Brasil em um dos mercados mais exigentes do mundo.

Embora o país já seja fornecedor de soja, milho e carne de frango ao Japão, a exportação de carne bovina ainda depende de autorização japonesa, um objetivo de longa data que ganhou impulso após a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março. As negociações concentram-se em habilitar fornecedores do Sul do Brasil, com Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina indicados para exportação, mas o processo de liberação da carne bovina ainda não foi concluído, espera-se que em breve este problema seja resolvido.

Tarifaço dos EUA ameaça produção de manga no Vale do São Francisco

O tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos deve afetar fortemente a produção de manga no Vale do São Francisco, responsável por cerca de 90% das exportações brasileiras da fruta. Os EUA consomem metade da produção do segundo semestre, e o aumento da tarifa impacta toda a cadeia produtiva, incluindo crédito, logística, operação financeira e qualidade da fruta. Muitos produtores já deixaram mangas nos pomares devido à queda da demanda e ao alto custo operacional, o que pode reduzir empregos e renda na região.

O Brasil produz aproximadamente 1,25 milhão de toneladas de manga por ano, ocupando a sexta posição entre os maiores produtores mundiais, com pico de produção no segundo semestre. A União Europeia e os Estados Unidos são os principais mercados da manga brasileira, seguidos por Espanha, Reino Unido e Portugal. Produtores ressaltam que, embora fatores climáticos não possam ser controlados, barreiras comerciais como o tarifaço podem ser resolvidas por meio de acordos diplomáticos.

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Fontes das notícias: Agência gov, Apex Brasil, Comex do Brasil e CCN Brasil