Por: Ruan Soares
Há duas semanas (21/11), aconteceu em Pequim a 9 ª Reunião da Subcomissão Econômico-Comercial e de Cooperação de Cooperação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que reuniu representantes dos governos do Brasil e da China. A pauta central do encontro foi dedicada às relações comerciais entre os dois países, que estão prestes a celebrar 50 anos de parceria em 2024.
Dentro da agenda, realizou-se uma análise das relações bilaterais, destacando o papel do Brasil no debate. O secretário executivo ressaltou avanços ligados à reforma tributária, à queda da taxa de juros, aos recordes no comércio exterior e à prioridade dada pelo governo brasileiro ao desenvolvimento sustentável, entre outros pontos relevantes.
Os representantes de ambos os países também discutiram oportunidades relacionadas à transição ecológica, abarcando investimentos em energia, tecnologia e redução de emissões de carbono. No que diz respeito ao acesso aos mercados, o lado brasileiro enfatizou possibilidades na área aeroespacial, destacou a importância de estreitar relações em biotecnologia para agilizar a aprovação de inovações nessa área, e ressaltou a necessidade de eliminar obstáculos desnecessários ao comércio de cosméticos e produtos de higiene pessoal. Além disso, também foi ressaltado o potencial da agenda de facilitação do comércio entre os dois países, por meio da utilização de certificações digitais para produtos agrícolas.
Desde 2009, a China tem se estabelecido como o principal parceiro comercial do Brasil, destacando-se no comércio exterior ao longo das últimas duas décadas. Em 2022, as exportações brasileiras para a China alcançaram a marca de R$ 89,4 bilhões, superando os R$ 87,9 bilhões do ano anterior. Esse crescimento constante remonta a 2019, quando as exportações brasileiras para o país asiático totalizaram R$ 63,3 bilhões. Segundo o secretário executivo do MDIC, espera-se que as exportações brasileiras para a China neste ano ultrapassem a histórica marca de US$ 100 bilhões, o que evidencia a importância estratégica dessa relação comercial.
Nos primeiros dez meses de 2023, o Brasil exportou o equivalente a US$ 86,4 bilhões para a China, representando 30,6% de suas exportações totais. A corrente de comércio, no mesmo período, atingiu US$ 130,5 bilhões. Soja (US$ 23,7 bilhões, 36%), minério de ferro (US$ 23,5 bilhões, 20%) e petróleo (US$ 10,5 bilhões, 18%) foram, respectivamente, os produtos mais exportados do Brasil para a China.
A China é, sem dúvida, um mercado-alvo excelente para as empresas, sendo o principal destino de exportação de 14 estados brasileiros. No entanto, para obter sucesso ao acessá-lo, é crucial compreender seu funcionamento, superando as barreiras culturais, linguísticas e geográficas. Se você está planejando ou tem interesse em iniciar um projeto de exportação para o gigante asiático, a Líderi Júnior disponibiliza soluções que te auxiliam a entender as oportunidades internacionais para o seu negócio por meio de estudos de mercado, análise de conjuntura, análise logística, planejamento burocrático, prospecção internacional, cadastramento no radar siscomex e viabilidade de exportação. Agende um diagnóstico gratuito com um de nossos consultores!
Fontes: Comex Stat; Agência Gov; Invest News.
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